Ao chegar, lançou um primeiro olhar sobre a festa. Não a encontrou. Comprimentou a todos, caminhou e com um olhar mais cuidadoso enxergou-a. Talvez não a que ele procurasse. O salto, o cabelo solto, as pernas marcadas pela calça colada denunciavam que aquela não era mais a menina dos olhos cor de mel. Sobre os seus olhos escuros havia uma mulher.
Ela, por sua vez, tentava sentir toda aquela boa sensação; sair de si, como no conto "encarnação involuntária".
Dançava e insinuava-se, pra um, dois, três. Deixava de lado a preocupação com o sentimentalismo, brincava com a vontade dele de beijá-la e mostrava o quanto tinha-o nas mãos. Depois voltava-se com um sorriso doce, remetendo à menina que cantava.
Com o dedo ela misturava a vodka, e a vodka misturava aquelas duas personalidades que habitavam o corpo já cansado.
Aquele hedonismo assustava o garoto. Logo ele, meio puritano. A pele alva ficava cada vez mais vermelha, e o coração acompanhava a batida da música e os movimento corporais da sua musa.
A menina, tão mulher, fazia o garoto sentir-se tão menino, e tão pequeno, e tão triste por não conseguir atravessar o campo de forças que a rodeava quando ela dançava.
No final da festa, veio a vingança pessoal. Aquele corpo que outra hora fazia-se tão grande e causava tanto desejo, era carregado por mais duas meninas.
Ela, rainha, majestade, mulher, agora não conseguia andar. E ele, sentia-se homem simplesmente por estar de pé.
Achei mágoa, mas tá muito bom.
ResponderExcluirOlá Daniel.
ResponderExcluirParabéns pela coragem de publicar idéias.
Se puder faz uma visita nos meus blogs
www.semvoceeunaoseria.blogspot.com
www.sonhosdeumprofessor.blogspot.com
Grande abraço.
nossa, AMEI o texto. muito bom
ResponderExcluirbeijo dani
texto bonito, mas parece que você tá meio recalcado..ahah :)
ResponderExcluiracho que tu deveria postar mais
ResponderExcluirtambém acho que tu devia postar mais :)
ResponderExcluir(já te disse o que eu acho desse texto. eaioheaoieheaoi)